segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Varre, varre, Brasmarzinha!

O jingle “varre, varre, vassourinha” ficou famoso na campanha de Jânio Quadros para a presidência da república, na década de 60. Em Imperatriz, as polêmicas envolvendo a contratação das empresas de limpeza pública são tão rotineiras que poderíamos reinventar o jingle de Quadros.

Primeiro, de acordo com a Justiça, o prefeito Sebastião Madeira deixou de cumprir um contrato, em 2009, com a Marquise - empresa responsável pela limpeza urbana de Imperatriz - e contratou a Limp Fort em caráter de urgência, configurando assim um ato de improbidade administrativa.

“A questão fora criada pela própria administração municipal, inábil, que, tendo tomado posse no cargo em janeiro, notificado por inúmeras vezes a Construtora Marquise e o contrato vencido somente em agosto do mesmo ano, permitiu que o tempo decorresse sem tomar atitude para que o serviço público não sofresse descontinuidade. Não o fez, permaneceu inerte, por tempo suficiente a criar uma falsa situação de emergência”, diz o processo.

Na época, a justificativa dada por Madeira era a questão econômica. De acordo com ele, o contrato com a empresa rendeu uma economia ao cofre municipal de em média R$ 200 mil por mês, já que o valor pago à antiga prestadora de serviço, a Marquise, era em torno de R$ 700 mil.

Depois, a Limp Fort decretou falência e, novamente, o Município contratou emergencialmente outra empresa, a Brasmar. O valor? Uma bagatela de R$ 14.609.883,00. A publicação do contrato foi feita em 2 de julho no Diário Oficial da União e o contrato iria até dezembro. Ou seja, mais de R$ 2 milhões por mês. 

De R$ 700 mil para R$ 14.609.883,00!? Mas até aí “tudo bem”, afinal, conforme o gestor,“a cidade não pode ficar sem o serviço de limpeza pública”. Madeira alegou ainda que esse contrato seria somente até concluir o processo licitatório. Mas como o nosso prefeito é quase uma Alice e vive na cidade das maravilhas, de novo, a Brasmar foi contratada em caráter emergencial, até 30 de junho de 2014, e pelo mesmo valor. E agora qual será o motivo?  É preciso um ano para fazer uma licitação? Só dizemos uma coisa: Varre, varre, vassourinha!


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