quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nada muda no Brasil

Em pleno século XXI ainda vivemos na era da escravidão e da exploração da miséria. No passado, na época do Brasil Colonial, vivíamos essa realidade por meio da venda de escravos africanos e de seus descendentes nascidos em nosso país. Será que atualmente é diferente?

Antigamente, um escravo fugia devido às condições de trabalho. O capitão-mor tentava capturá-lo. Armado, se embrenhava nas matas buscando o fugitivo. Em meio à fuga muitos negros morriam.
Atualmente uma determinada instituição pública, privada ou não governamental implanta um projeto de inclusão social. Alguém descobre que os equipamentos usados são superfaturados e ameaça denunciar. É difícil imaginar o que vai acontecer? Um 'capitão-mor moderno', conhecido como pistoleiro, provavelmente será contratado para resolver a situação.

O empréstimo consignado para aposentados e pensionistas se assemelha a carta de alforria, onde muitos recorrem para conquistar um antigo sonho, que antes de ser liberto pela aposentadoria parecia impossível de ser realizado. Mas qualquer semelhança entre o Brasil do carnaval com o colonial “é mera coincidência”.

A todo momento somos convidados a refletir sobre nosso espírito de solidariedade e fazer doações a campanhas midiáticas como Criança Esperança, Tele Toon e tantas outras. Enquanto os cidadãos e artistas doam seu tempo e seu dinheiro, as emissoras faturam com isenção nos impostos e com a audiência, isso sem mencionar os superfaturamentos não divulgados.

O Brasil não precisa ser aprisionado em ilusões lúdicas, ONGs, campanhas solidárias e afins. Não é esse tipo de ação que vai redimir os negros que sofrem as consequências de uma abolição da escravatura não inclusiva.

Chega de fazer da miséria um espetáculo e de transferir a responsabilidade do estado para outras instituições ou de fazer do espírito solidário uma mercadoria ou um marketing social. Para que a realidade social mude, o país precisa é de políticas públicas eficientes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário