O símbolo do carnaval de Olinda tem ganhado espaço no
futebol imperatrizense. Um boneco gigantesco “fantasiado” de deputado desfila
diante do público no Frei Epifânio durante as partidas do Imperatriz.
Basta o Cavalo fazer uma boa campanha e ele aparece nos
jogos. Tira fotografias com torcedores,
passa a mão na cabeça das crianças – elas nem sabem quem é, ou o que é, mas
olham com tanto encanto...faz parte da inocência infantil.
Os jogadores do Imperatriz estão com dois meses de salários
atrasados. O repórter Paulo Negrão publicou em seu blog que o time tem 15 ações
trabalhistas acumuladas ao longo dos anos. Os jogadores estão com quase dois
meses de salários atrasados.
Uma série de acontecimentos tem deixado o time em situação
complicada: o diretor financeiro renunciou o cargo e a Federação Maranhense de
Futebol levou R$ 40.000,00 da renda do
primeiro jogo da final do Campeonato que aconteceu no Frei Epfânio. Restou ao
Cavalo somente R$ 23.000,00, menos os as taxas administrativas.
Por telefone, o presidente do Imperatriz, Edvaldo Cardoso,
informou que a equipe praticamente não conta com apoio político e a dívida, só
da sua gestão é de 160 mil reais. Ele não precisou como, mas disse que o
deputado estadual “Leo Cunha está sempre ajudando”.
Em plena final do Estadual, a TV Difusora organizou um
programa para arrecadar dinheiro para ajudar nas dívidas do nosso Cavalo. “Vamos
ajudar nosso time a pagar pelo menos o salário dos jogadores para eles viajarem
para São Luís, pelo menos mais motivados”, apelou o vereador e repórter policial, Raimundo Roma.
A iniciativa da TV em ceder o horário para arrecadar fundos
para o time imperatrizense é uma iniciativa bastante plausível, solidária...mas
será que precisaríamos chegar a esse ponto? Essa extrema dependência da
iniciativa privada e dos torcedores é boa para o time?
O papel dos representantes políticos é fazer com que as
políticas públicas cheguem até a população. Elaborar, fazer ser executada,
fiscalizar as Leis de Incentivo para que a população saia do velho coronelismo,
de práticas que não tornem o povo refém do poder.
Não precisamos de representantes de faz de conta. Não
precisamos de ‘sacolinhas’ no esporte e nem da política medíocre de carnaval. O
povo, especificamente a torcida cavalina, não é fantoche. Já
aprendemos a identificar as ações mesquinhas da politicagem.
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